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A mostrar mensagens de maio, 2019

Europeias – O nosso futuro coletivo

As eleições europeias realizam-se este fim-de-semana. Estas eleições têm, por regra, um elevado valor de abstenção, a nível europeu (57%), nacional (66%) e sobretudo regional (80%, tendo no Faial 73%). Mas este ano tínhamos reunido todos os ingredientes para que fossem umas eleições diferentes. Senão vejamos: 1 - A nível europeu temos o cavalgar frenético dos nacionalismos e populismos da extrema-direita xenófoba, que juntamente com o advento do Brexit, já seria suficiente para uma chamada de atenção para aos eleitores que defendem os pilares que estiveram na construção do projeto Europeu. Felizmente em Portugal não temos (ainda) nenhum partido relevante neste espectro político, mas temos alguns que se tendem a aproximar, tentando canalizar para si o crescimento do eleitorado nessa franja radical.  Nestas eleições é preciso ter consciência que as famílias políticas europeístas do PPE (partido popular europeu, onde se encontra PSD e CDS) e S&D (aliança de socialistas e dem

Política a quanto obrigas!

Escrevo na sequência da aprovação, em sede de Comissão, da recuperação integral do tempo de serviço dos professores.  Independentemente da justiça ou não do que é aprovado, importa esclarecer que nenhuma Lei que implique aumento de despesa orçamental, pode ser aprovada sem o respetivo equivalente aumento de receita. Ora, nenhum partido teve a coragem de referir que imposto iria aumentar ou onde queria cortar nos serviços do Estado. Da mesma maneira que nenhum partido tinha no seu programa eleitoral esta medida, mas todos já demonstraram a intenção de a concretizar. A diferença está em que alguns reconhecem as suas implicações orçamentais e divergem no como, quando e quanto.  Para fugir à inconstitucionalidade, a estratégia eleitoralista de toda a oposição, foi "chutar" a devolução do tempo congelado para futuros orçamentos. Na senda do quem venha atrás faça as contas, aumente a receita e feche a porta. Se a decisão na votação foi algo esperado nos partidos da extr

O copo meio cheio

É sabido que notícias positivas não são apelativas para o leitor, mais ainda se estivermos a falar de dados económicos. Todos sabemos que muito ainda há a fazer no nosso país, mas seria interessante que houvesse um equilíbrio e pedagogia na divulgação de informação e que, o caso particular fosse apresentado como isso mesmo, e não como uma generalização abusiva de negativismo.  No esforço inglório de tentar balançar a visão simplista dominante, daqueles que, por diversas razões, consideram mais prático ver o copo meio vazio em vez de salientar a subida para o meio cheio, destaco alguns dos títulos económicos do nosso país nas 2 últimas semanas. Cinco resumos de notícias de jornais da especialidade e que aparentemente passaram despercebidos para a maioria, ofuscadas que estão nos mediatismos do extraordinário, na onda cavalgante do populismo e na espuma da demagogia. 1 – O reembolso do IRS que chega às contas dos portugueses é, em média, 30% superior ao do ano passado. Qu