Nos últimos tempos, o mundo tem assistido a uma mudança radical na política externa dos Estados Unidos, uma transformação que culminou numa reviravolta impensável: a superpotência que outrora liderou o Ocidente na luta contra regimes autoritários e ditaduras agora alinha-se, sem pudor, com os mesmos regimes que antes condenava. Um dos episódios mais recente deste realinhamento geopolítico aconteceu com a votação de uma resolução apresentada pela Ucrânia e pela União Europeia, exigindo o fim da agressão russa e reafirmando o princípio da integridade territorial. A Hungria, fiel ao seu alinhamento pró-Kremlin, foi a única nação europeia a votar contra. Já não surpreende: Viktor Orbán há muito se comporta como um agente do Kremlin dentro da União Europeia, defendendo uma visão de governação iliberal que ecoa a de Moscovo. O que realmente deveria preocupar-nos, no entanto, é quem se juntou a esta posição. Para além dos suspeitos do costume — Rússia, Bielorrússia, Coreia do Norte, Sudão...
Os Açores estão a dar cartas na escalada do défice e da dívida. Se antes já tínhamos uma dívida respeitável, agora, sob a brilhante batuta do PSD/CDS/PPM decidiu-se levar o seu crescimento para um nível olímpico. Os analistas, sempre alarmistas, insistem que a dívida bruta regional já cresceu 1.000 milhões com a atual governação. Mas sejamos justos: quem é que precisa de contenção orçamental quando se pode gastar e depois pedir ao contribuinte para tapar o buraco? Já o défice, em 2024 atingiu uns brilhantes 122 milhões de euros, o que comparando com os modestos 88 milhões de 2023, fica claro que a Região está empenhada em subir a fasquia. Curiosamente, este aumento do défice acontece num ano em que as receitas da Região cresceram uns invejáveis 8,8%, chegando aos 1,45 mil milhões de euros. Mas de onde veio tanto dinheiro? Simples: grande parte é proveniente dos impostos. E o prémio de crescimento vai para... os impostos indiretos, de onde se destaca com o maior crescimento percen...