Nos Açores, terra de beleza avassaladora e genuinidade, surge um paradoxo político desconcertante: a democracia insular, por vezes, parece governada por alguns egos com mais altitude que os vulcões locais. Pequenos “ditadores”, de discurso inflamado, não apenas evitam a crítica como a atacam com vigor digno de melodrama. Criticar o governo tornou-se um ato de coragem. Quem se atreve a apontar falhas – sejam cidadãos comuns ou responsáveis de instituições locais – rapidamente encontra o seu nome arrastado pela lama da política de difamação e desqualificação. A ironia? Esses pequenos Napoleões açorianos, supostamente defensores da transparência e da democracia, demonstram uma fragilidade alarmante quando confrontados com uma simples discordância. Que fique claro que não se está a confundir o todo com as partes, mas os exemplos multiplicam-se em alguns protagonistas. A fórmula é sempre a mesma: um cidadão reclama de um serviço público que não funciona, um líder de uma instituição loca
Para arquivar e tornar acessível os meus artigos de opinião na imprensa. Periodicidade: quinzenal (pelo menos tento!)