Ao contrário do que é a regra nas mudanças governativas, Clélio Meneses, o agora ex-secretário Regional da Saúde e Desporto, saiu do Governo batendo a porta com estrondo. As suas palavras, dignas de citação, são pensadas, claras e com destinatário: “Faço-o por razões exclusivamente políticas, assentes em divergências insanáveis e inultrapassáveis, evidenciadas em sucessivas ingerências no exercício do cargo para o qual fui nomeado, dificultando, quando não impedindo, o cumprimento da complexa missão de gerir o setor”. Mais uma vez, fica claro (até para os muito distraídos) quem é o “Dono Disto Tudo” nos Açores. Mas pelos vistos, nem todos no PSD estão para aturar este papel vexatório que está agora atribuído ao maior partido do Governo. Os exemplos são demasiados, constantes e cada vez piores. Bem sei que existe uma falange de cargos de nomeação que há muitos anos eram desejados, mas como já o havia escrito, a desconsideração a que o maior partido do Governo está entregue há muito que
Iniciámos 2023 da mesma forma que terminámos 2022, com muitas polémicas do foro político. Com as respetivas diferenças, tanto na Região como na República, são continuamente reportados casos e casinhos de natureza diversa. Uns que se depreende que são empolados ou sem razão de ser e outros que não lembram ao Diabo! Parece que a dita ética republicana anda pelas ruas da amargura, mas pelo menos por cá sempre fica em “família”… Há quem diga que isto nunca esteve tão mau e os impropérios para a classe política atingem intensidades preocupantes, situação que apenas serve para favorecer as extremidades radicais do espectro político. Mas será mesmo assim, ou não teremos agora uma opinião pública mais atenta, uma comunicação social mais arrojada (e também dependente de interesses económicos), bem como todo o impacto e rapidez das redes sociais? Os saudosistas porventura esquecem que no antigo regime as coisas eram bem piores, não só por serem sempre os mesmos a ser favorecidos, mas pelo simpl