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1-Férias, 2- Turismo e 3- Feira

1 - Estive uma semana num conhecido destino de férias no Mediterrâneo, onde o turismo tem um papel determinante em toda a economia local. Não vou escrever sobre as minhas férias, mas sim sobre um facto que me chamou a atenção. Estava eu a almoçar no buffet do resort quando reparei em meia dúzia de indivíduos com identificação que entraram nas instalações. Na movimentada hora da refeição, verifiquei que o espaço estava a ser auditado por uma equipa de acreditação de qualidade. No dia seguinte, ao fazer uma excursão, na paragem onde estavam vários autocarros turísticos, vi chegar cerca de 20 pessoas com coletes de “inspeção rodoviária”! No mesmo dia, e já na praia, verifiquei que um bar/restaurante junto à mesma estava a ser inspecionado pelas autoridades. Pensei para comigo, isto aqui não se brinca em serviço e percebe-se a importância e o quão fundamental é este setor. Como turista, senti-me reconfortado com a intensidade que dão a estas questões, mas não pude de deixar de imaginar se o mesmo se passasse na Ilha do Faial, o coro de críticas que seria, nomeadamente no mural das lamentações que se tornaram as redes sociais.

2- Saíram esta semana novos dados sobre o turismo nos Açores. No que concerne à ilha do Faial verificamos que nos primeiros 6 meses do ano foi a ilha com maior crescimento de passageiros aéreos desembarcados, passando dos 47 858 para os 52 947, o que representa um crescimento de 10,6%. 
Já nas dormidas os dados reportam até Maio e aí verificamos que, nos primeiros 5 meses do ano, o Faial cresceu 6,1% (44 862 para as 47 601), um crescimento abaixo da média regional (16%) que é obviamente sustentada por São Miguel.
Mantem-se na nossa ilha o crescimento das dormidas nos estabelecimentos de Alojamento Local (+43,2%, perfazendo já as 16045 dormidas) e a redução da Hotelaria Tradicional em 6%. Apesar da queda das dormidas na Hotelaria Tradicional, o valor dos proveitos aumentou no setor. 

3- Realizou-se no fim-de-semana passado a Feira Açores no Faial, que foi coroada com sucesso e muita afluência. No entanto, não posso deixar de fazer uma sugestão baseado na tentativa falhada que tive de lá ir no concorrido sábado. Só pude deslocar-me depois das 21h ao recinto, sabendo de antemão que estacionar não seria tarefa fácil. Não estava era à espera de não encontrar nenhum estacionamento a não ser a meio caminho entre a ermida de Santo Amaro e o Colégio de Santo António, e de ter ficado às voltas cerca de 30 minutos no habitual parque improvisado ao lado da Feira, que se tornou numa ratoeira para quem lá entrava. Parque esse que se encontrava esgotado, mas que insistentemente se enchia de filas de carros à procura de lugar, tornando quase impossível circular no seu interior. Depois do tempo perdido, do facto de estar com 2 crianças pequenas e do estacionamento mais próximo ficar a uma distância considerável, dei por terminada a tentativa de ir à Feira (a alternativa dos concertos do NOS Alive ao vivo na RTP não era má), para desilusão dos meus filhos que desejavam ver os animais. Ficou a promessa de ir na tarde de domingo.
Aí tudo correu na perfeição, os filhos adoraram os animais e o parque infantil e o pai acrescenta o belo bife que jantou no restaurante da Associação de Agricultores do Faial. 
Face ao sucedido, permitam-me que faça uma pequena sugestão:
Colocar alguém no parque nas horas/dia de maior procura, para controlar o estacionamento e lotação, não deixando entrar viaturas quando o mesmo estiver lotado e se possível, aumentar a área do parque, designadamente nos anos em que se realiza a Feira Açores. 
Já que está na ordem do dia as questões ambientais, porque não criar uma carreira de mini-bus ao fim de tarde/noite entre a cidade e a Feira, reduzindo-se assim o número de viaturas e as emissões de CO2, potenciando a utilização dos transportes coletivos. 
Fica a dica.

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